No apagar das luzes do ano legislativo de 2022, finalmente foi aprovado na manhã desta sexta-feira, 20, o reajuste do salário mínimo regional que ficou em 10,6%. O governo Ranolfo havia encaminhado proposta de reposição de 7,7%, enquanto as centrais sindicais pediam 15,58%. O índice alcançado foi resultado de muita mobilização e negociação do Sindesc RS, ao lado da CTB e das centrais sindicais junto aos deputados e ao governo.
O mínimo regional tem cinco faixas salariais que atualmente variam de R$ 1.305,56 a R$ 1.654,50, de acordo com o segmento profissional. Com o reajuste aprovado por 48 votos a três, esses valores passam a ser de R$ 1.443,94 a R$ 1.829,87.
Segundo o Presidente do Sindesc RS, Fernando Lemos, o reajuste do piso regional ajuda as categorias mais frágeis e não organizadas em torno de sindicato. São cerca de 1,5 milhão de trabalhadores e trabalhadoras atingidos, como as empregadas domésticas, trabalhadores na agricultura e motoboys.
Lemos pontuou também que o piso regional é um balizador para o estabelecimento dos demais pisos profissionais no Rio Grande do Sul. “Esperamos que o Governador sancione ainda em dezembro para que o reajuste repercuta no 13º salário, aumentando o consumo de quem mais precisa”, completou.
Para o presidente da CTB RS e da Fecosul, Guiomar Vidor, foi uma vitória importante. “Mesmo que não tenhamos conseguido recuperar as perdas acumuladas, essa proposta é 40% maior em relação ao que fora oferecido pelo governo inicialmente”, ponderou.
Vidor fez um agradecimento ao sindicatos que se mobilizaram desde o início de 2022 na luta em defesa do mínimo regional. No próximo ano, segundo ele, a luta deve continuar pela valorização do piso regional. “Vamos seguir mobilizados em defesa do mínimo regional em um novo clima, avaliamos, isto devido as mudanças que são esperadas com o novo governo e a retomada da política nacional de valorização do salário mínimo”.